20/01/2019

MORRE UM DOS FUNDADORES DA ACADEMIA ARARIENSE-VITORIENSE DE LETRAS - AVL




Faleceu ontem e foi ontem mesmo sepultado, em São Luís, o nosso querido confrade, fundador da AVL, presidente da sessão de fundação da Academia, AGNOR LINCOLN DA COSTA, aos 92 anos de idade.
 

Um dos grandes nomes da literatura maranhense na segunda metade do Século XX, que, em razão da sua timidez e da repulsa a exageros e fantasias, se manteve longe dos holofotes. Somente os estudiosos do tema reconhecem a sua importância, a partir do final dos anos 1940, quando integrou, antes de mudar-se para o Rio de Janeiro, o Centro Cultural Gonçalves Dias, que marcou época na cultura maranhense.

Voltando ao Maranhão, já procedente de Brasília, onde foi alto funcionário público, radicou-se em São Luís desde o final dos anos 1970.
 

Poeta, contista, romancista, as páginas da Folha da AVL são, hoje, grande fonte de consulta sobre a sua trajetória de vida e a sua obra.
 

Antes de integrar-se a nós para a fundação da AVL, de que foi um dos grandes entusiastas, havia publicado, além de poesias em periódicos ao longo da vida, somente o livro de contos O Velório dos Gatos.
 

A participação na AVL deu-lhe alento para a publicação de mais dois livros:  Os Restos que Conservei (poemas) e O Livro que Eu Queria Ler (romance).
 

Filho de Antônio Nilo da Costa (grande comerciante  e líder político de Vitória na primeira metade do Século 20) e de Raimunda do Lago Costa, descendente de famílias antiquíssimas de Vitória, Dr. Agnor Lincoln da Costa (bacharel em Direito) nasceu em nossa cidade no dia 18.11.1926.
 

Falecido em 19.01.2019, deixou viúva (segundo casamento, pois enviuvara do primeiro) e um filho.
 

Em São Luís, reside o seu irmão Antônio Nilo da Costa Filho (96 anos e em frágil estado de saúde) e sobrinhos, como Valdo Magno Costa, filho mais velho do seu irmão José Neri da Costa. No Rio de Janeiro e em Brasília, residem as suas irmãs Cleide e Corina.
 

Em Vitória, os seus sobrinhos Francisco Eduardo Costa e Jânio Jorge da Costa, também filhos de José Neri da Costa.

 
 
 
 

Entre o também saudoso escritor Jomar Moraes e o desembargador e historiador Milson Coutinho, ambos da Academia Maranhense de Letras, na memorável noite de 29.01.2000, em Vitória do Mearim.

"Ele já estava distante das atividades acadêmicas e de reuniões públicas há alguns anos, embora em situação regular  de saúde, própria para a idade dele. Visitava-o com alguma constância, entretanto.

Não o visitei no último ano, infelizmente. Mas vou guardar para sempre a lembrança das conversas extremamente agradáveis que com ele mantive desde o final dos anos 1990, quando nos conhecemos pessoalmente, muitas vezes regadas a um bom vinho, que passou a ser preferência dele depois que abandonou o whisky sorvido fartamente na juventude e na maturidade."
Disse Washington Luiz Maciel Cantanhênde, escritor e historiador, membro fundador da Academia Arariense-vitoriense de Letras – AVL e promotor de Justiça).

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